Nesta quinta-feira (18), o promotor de Justiça na área de patrimônio público do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Carlos Davi Correia Lima, disse que o estado precisa reconhecer que o combate contra as organizações criminosas deve ser mais eficaz.
Na ocasião, o promotor criticou: “A traficância de drogas se alastra de uma forma que não há como deter. Organizações criminosas que chegam a mais de 20 mil membros. É hora do Brasil compreender, reconhecer que isso é grave e que o estado precisa se fortalecer”, alegou.
Ele aponta que uma das soluções para impedir a ampliação desse cenário é o fortalecimento da polícia e do trabalho da segurança pública. “Esse trabalho vem sendo enfraquecido por essa chuva de nulidades pelas cortes superiores. A gente não sabe mais como vai concluir um processo criminal, seguimos todas as disposições, mas chega lá e tudo é mudado e a gente está sujeito a isso”, destacou ele.
Ele também reforçou a necessidade de políticas que contribuam com uma consciência coletiva em prol de defender a vida. “Nós cidadãos não podemos jamais perder a capacidade de se indignar com a morte de um semelhante. O Brasil precisa fazer um pacto nacional pela vida, para difundir a ideia de que o valor mais importante é o direito à vida”, destacou o promotor.
Ele ainda colocou como exemplo, a recente operação da polícia de São Paulo, “recentemente, vimos que o PCC em São Paulo já toma conta do serviço público de transporte e da saúde, é um passo para tomar conta do poder político e do judiciário, capacitando pessoas para assumir cargos públicos. O Brasil é um caminho de drogas para a Europa, 90% passa pelo Brasil, então esse pessoal ganha muito dinheiro. Nós precisamos combater de forma mais incisiva essa situação”.
Blog do Alisson Nascimento