As publicidades efetuadas com materiais impressos, os famosos “santinhos”, representaram o maior gasto das campanhas eleitorais de 2024 na Paraíba. De acordo com dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram R$ 13,5 milhões investidos, entre dinheiro público e privado, para divulgação dos candidatos ao pleito municipal.
Detalhadamente, foram gastos quase R$ 2 milhões (R$ 2.086.745,86) em material impresso com recursos do tipo privado e R$ 11 milhões (R$ 11.488.847,46) com investimento do dinheiro público. Além das impressões, os maiores registros de custos foram: Serviços prestados por terceiros, serviços advocatícios, publicidade por adesivos e produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.
Os números chamam atenção pois os gastos com “santinhos” e “colinhas” são utilizados desde os tempos da política antiga e se mantêm no topo da lista das campanhas apesar do processo de digitalização, com investimento em redes sociais.
Nos últimos anos, o fato dos panfletos poluírem as cidades, principalmente na reta final da eleição, entrou na mira da Justiça Eleitoral.
Poluição
Um cálculo divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), feito pelo juiz Paulo Tamburini em 2012, revelou que o material impresso naquela eleição municipal poderia ser utilizado para a publicação de 40 milhões de livros escolares de 50 páginas.
O magistrado estimou, pela prestação de contas dos candidatos naquele ano, que foram produzidos 57 bilhões de santinhos, cuja confecção teria consumido, segundo os cálculos, 603 mil árvores e 3 bilhões de litros de água.