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Folha: Motta rompe também com líder do PL, “não conte mais comigo para nada”

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), rompeu com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL), por meio de uma mensagem de Whatsapp enviada às 2h da madrugada na semana passada.

“Não conte mais comigo para nada”, afirmou Motta ao pastor. Que respondeu que, em nome da amizade entre os dois, preferia nada comentar. As informações são da Folha de São Paulo.

Ambos não se falam há uma semana.

É o segundo rompimento de Motta com lideranças partidárias da Casa: na segunda (24), ele afirmou não ter mais “interesse em nenhum tipo de relação com o deputado Lindbergh Farias”, que é líder do PT.

O motivo mais recente do estresse é o mesmo: as discussões sobre o projeto de lei antifacção, aprovado na Câmara na semana passada.

Lindbergh se contrapôs frontalmente à escolha do relator da proposta, Guilherme Derrite (PP-SP), e Sóstenes também apresentou divergências nos debates.

Em uma reunião na presença de outras lideranças e também do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que defendia a ideia, Motta pediu ao líder do PL que retirasse a proposta. Houve uma forte discussão.

De acordo com pessoas que estavam na reunião, Sóstenes disse “e o que você me oferece em troca? Coloca o projeto do [deputado] Danilo Fortes [sobre antiterrorismo] para votar?”.

Motta afirmou que não tinha como se comprometer. Sóstenes então manteve o destaque.

No plenário, o presidente da Câmara barrou o destaque do líder do PL de ofício, sob o argumento de que ele era inconstitucional, e a proposta do PL ficou fora do projeto.

Na madrugada, ele enviou a Sóstenes a mensagem de rompimento.

Motta afirmou a interlocutores que respeita o líder do PL, mas que ele e Lindbergh adoram gerar um caos semanal nas votações, levando a Câmara a desgastes desnecessários.

Os dois líderes, embora de partidos divergentes, são muito amigos. E, na visão de Motta, combinam até o dia de brigar, ganhando destaque em meios de comunicação, que frequentemente os convidam para debater.

Questionados, Motta e Sóstenes não quiseram comentar.

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