A Justiça de Pernambuco afirmou que familiares de Deolane Bezerra pagaram para um grupo de pessoas se aglomerarem em frente à Colônia Penal Feminina do Recife, onde a influenciadora estava presa. O financiamento dos manifestantes também serviu como argumento para a transferência de Deolane à Colônia Penal Feminina de Buíque, no início desta semana.
A afirmação foi feita na quarta-feira (11) pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, em decisão que negou o último pedido de habeas corpus da influenciadora.
“O financiamento de manifestantes, por iniciativa de familiares da Paciente, para se aglomerarem diante da Colônia Penal Feminina do Recife (Bom Pastor) e realizarem protesto, demonstra a total inconveniência da permanência da Paciente em suas instalações, justificando o seu encarceramento em Buíque”, diz o trecho da declaração.
Um vídeo que está circulando nas redes sociais, mostra a irmã de Deolane, a advogada Dayanne Bezerra, supostamente distribuindo notas de R$ 100 aos participantes do protesto. A reportagem tentou contato com a assessoria de Dayanne mas não obteve retorno até esta publicação.
Deolane, que também é advogada, foi presa com mais 18 pessoas durante a Operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, no último dia 4. A investigação apura crimes cometidos a partir de casas de apostas e a mãe de Deolane, Solange Bezerra, também foi presa na operação.
“Resguardar a paz pública”
De volta ao regime fechado, após ter a prisão domiciliar revogada, a influenciadora cumpre prisão preventiva na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco, a 280 km do Recife.
De acordo com a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que assina a decisão, a empresária foi levada para o interior do estado para “resguardar a paz pública” e para a “manutenção da ordem social”. Apesar da tentativa, Deolane foi recebida por fãs que se aglomeravam em frente ao presídio.