O ex-presidente Donald Trump parabenizou os agentes do serviço secreto que mataram o jovem atirador que tentou assassiná-lo durante um comício na Pensilvânia, nos Estados Unidos (EUA), na tarde desse sábado (13/7). “Eles atiraram nele entre os olhos”, contou o republicano.
Segundo Trump, os agentes “fizeram um trabalho fantástico”. O que aconteceu “é surreal para todos nós”, destacou o ex-presidente, sem alimentar controvérsias sobre falhas na segurança do comício.
A entrevista foi concedida a repórteres do New York Post e do The Washington Examiner, a bordo do avião que o transportava para a convenção do Partido Republicano em Milwaukee, que começa nesta segunda-feira (15/7).
“É uma experiência muito surreal, e você nunca sabe o que vai fazer até que uma coisa dessas aconteça”, acrescentou Trump. “Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto”, completou.
O ex-presidente Trump detalhou que o discurso na convenção em que ele deve ser definido como o candidato do Partido Republicano foi alterado após o atentado. Originalmente, o texto se concentraria em ataques ao presidente Joe Biden.
“É uma experiência muito surreal, e você nunca sabe o que vai fazer até que uma coisa dessas aconteça”, acrescentou Trump. “Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto”, completou.
O ex-presidente Trump detalhou que o discurso na convenção em que ele deve ser definido como o candidato do Partido Republicano foi alterado após o atentado. Originalmente, o texto se concentraria em ataques ao presidente Joe Biden.
“Quero tentar unir nosso país, mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas. Esta é uma chance de unir o país inteiro, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido dois dias atrás”, afirmou.
Repercussão internacional
A imprensa francesa transcreveu a entrevista ao jornal americano e considera que a tentativa de assassinato de Trump reforça suas chances na campanha. “Ele já era favorito depois do fracasso ao vivo de Joe Biden durante o debate, há duas semanas. Agora, ele é visto como um mártir e, mais ainda, como um herói, entre alguns americanos”, ressalta o jornal Les Echos.
“O líder populista [ou seja, Trump] quer demonstrar vigor e determinação”, segundo a publicação. Além disso, a convenção vai revelar o vice da chapa de Trump, e três homens estão entre os mais cotados: o senador J.D. Vance, de uma família modesta, representante dos brancos com menos recursos do interior dos Estados Unidos; o senador da Flórida Marco Rubio, um latino; e o governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, empresário.
Vários disparos
Segundo o serviço secreto dos EUA, que cuidou da segurança de Trump, os tiros foram disparados de um telhado. Em comunicado, o órgão informou que um atirador disparou várias vezes em direção ao palco a partir de uma “posição elevada”, fora do local do comício. O atirador e um apoiador do republicano morreram no local, de acordo com as autoridades norte-americanas.
Antes de circular nas redes sociais, o vídeo do atirador morto no telhado de um prédio foi publicado pelo site norte-americano TMZ. Confira as imagens abaixo:
Durante o atentado, o candidato republicano à Casa Branca foi atingido de raspão na orelha direita, enquanto um apoiador perdeu a vida na plateia. O sniper também foi morto pelo serviço de segurança que estava no local.
Quem é o homem que atirou em Trump?
O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, tinha registro de eleitor como republicano, de acordo com informações presentes no banco de dados de eleitores da Pensilvânia. Os dados batem com nome, idade e endereço dele.
Ainda segundo a imprensa norte-americana, o atirador morava no subúrbio de Bethel Park, em Pittsburgh, a cerca de 56 km ao sul do comício de Trump. Ele teria se formado na Bethel Park High School em 2022.