O ex-pastor Jefferson Batista de Amorim, 43 anos, morreu na noite desta segunda-feira (28) após passar mal no Presídio Sílvio Porto, em João Pessoa. O acusado cumpria pena por estuprar crianças na cidade de Bayeux e chegou a ser socorrido para o Complexo Hospitalar Tarcísio de Miranda Burity, (Trauminha), mas não resistiu e faleceu às 23h35.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que “aguarda a expedição do laudo de exame cadavérico que definirá a causa da morte, e a depender do resultado, adotará as providências recomendadas em lei”.
A prisão
Um pastor de uma igreja localizada em Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa, foi preso na tarde desta quinta-feira (24) por estuprar e aliciar adolescentes que frequentavam o local. Em entrevista, o delegado Diego Garcia, afirmou que o pastor foi preso por crimes efetuados em 2016 e passará por audiência de custódia.
“As equipes de investigação, através da 4ª Delegacia Seccional, conseguiram efetivar a prisão dele, ocasião em que ele está sendo agora encaminhado a Central de Polícia e tão breve passará por audiência de custódia, de onde deve seguir para um dos presídios de nossa região. Haja vista se tratar de uma sentença transitada e julgada por esses crimes”, disse o delegado.
A Polícia Civil ainda informou que, na época dos casos, pais de crianças procuraram a 5ª Delegacia Distrital de Bayeux e relataram que seus filhos estavam com comportamentos estranhos após frequentar a igreja e a residência do referido pastor.
“Aquela época iniciamos uma grande investigação sobre esse caso, ouvimos familiares, ouvimos as próprias vítimas, a época menores de idade e constatamos que de fato, os abusos eram uma prática constante por parte desse pastor que se utilizando de seu prestígio com a comunidade local ele tinha o poder de fazer com que os pais permitissem com que as crianças dormissem em seu quarto que consequentemente ficava atrás da igreja que ele pregava”, afirmou Garcia.
Após as denúncias, as crianças foram submetidas a exames, inclusive psicológicos, tendo sido detectados os abusos. Nesse período, o pastor foi preso temporariamente, no entanto, no decorrer do processo, ele foi posto em liberdade. Agora, o religioso deve cumprir uma pena que ultrapassa os 15 anos de condenação.
“Um alerta que a gente faz para sociedade de maneira geral é se atentar para comportamentos estranhos. Não é dentro da normalidade, por mais que o poder que um clérigo religioso possa ter. Mas não é normal que pais possam permitir que crianças estejam frequentando a casa ou até mesmo a igreja sozinho, justamente com um indivíduo como esse”, complementou o delegado.