Na tarde desta segunda-feira (17), o PCC executou dois homens dentro do presídio de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Os homens haviam sido presos em março de 2023, acusados de integrarem um plano para sequestrar e executar o senador Sergio Moro, o promotor de Justiça Lincoln Gakya, e outras autoridades.
O plano milionário tinha como objetivo final libertar Marcos Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder máximo do PCC, preso há 24 anos e condenado a mais de 300 anos por homicídios, roubos, sequestros e tráfico de drogas. Segundo a Polícia Federal, o planejamento começou antes das eleições e tinha como principal missão sequestrar o ex-juiz e atual senador Sergio Moro.
O esquema envolvia uma célula de criminosos que seguiam os passos de Moro e de sua família. O plano também incluía ataques a presídios federais, sequestros de autoridades do Judiciário e do Ministério Público, e funcionários do sistema prisional.
Em seis meses, o PCC teria gasto mais de meio milhão de reais apenas com o aluguel de casas e apartamentos em Curitiba, além de chácaras no interior do Paraná, para ficarem próximos ao principal alvo do plano, o senador Sergio Moro. O esquema criminoso montou um arsenal de guerra e adquiriu carros blindados que seriam transformados em falsas viaturas. O plano já contava com dados pessoais do senador e de sua família, como escolas dos filhos, endereços de parentes e a rotina da família.
Para dificultar a investigação, o planejamento do crime organizado usava códigos, sendo que Sergio Moro era chamado de “Tokio” e o sequestro de “Flamengo”. O promotor de Justiça de São Paulo, Lincoln Gakya, que comandou a transferência de 22 lideranças do PCC para presídios federais junto com Moro, também era um dos alvos do plano.
A Polícia Federal prendeu seis homens e três mulheres responsáveis pela articulação do planejamento, conhecidos dentro do crime organizado como sintonia restrita, um grupo de assassinos de aluguel a serviço do PCC.
Blog do Alisson Nascimento