A PF indiciou quatro ex-integrantes da cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) pela atuação da corporação na realização de blitze no segundo turno das eleições de 2022.
São eles:
- Luis Carlos Reischak Jr. – ex-diretor de inteligência da PRF e ex-superintendente no Rio Grande do Sul;
- Rodrigo Cardozo Hoppe – ex-coordenador de inteligência;
- Djairlon Henrique Moura – ex-diretor de operações; e
- Adiel Pereira Alcântara – ex-coordenador de inteligência.
A informação foi antecipada pelo jornalista Aguirre Talento, do UOL.
Segundo a reportagem, eles são acusados de cometer os crimes de desobediência, prevaricação, restrição ao exercício do direito de voto e participação por omissão no crime de tentativa de abolição do Estado democrático de Direito por meio da restrição do exercício dos poderes constitucionais.
O advogado Sávio Lustosa, que representa Djairlon, Reischak e Hoppe afirmou que “embora seus nomes tenham sido mencionados no curso das operações, com o aprofundamento das investigações realizadas pela Polícia Federal, restou demonstrada a completa ausência de qualquer indício que vinculasse os referidos senhores à autoria de condutas ilícitas”.
A PF também indiciou Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador de inteligência e contrainteligência da ANTT por envolvimento no caso.
A investigação recai sobre a suspeita de que agentes da PRF atuaram para atrapalhar o fluxo de eleitores em regiões onde predominavam os votos em Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As apurações apontam que houve determinação nesse sentido de Anderson Torres e Silvinei Vasques, que eram ministro da Justiça e Segurança Pública e diretor-geral da PRF sob Jair Bolsonaro (PL) e foram indiciados pela PF em agosto de 2024 por sua participação nos fatos investigados.





