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PSDB: cadeirada de Datena foi ‘reprovável’, mas na mesma ‘medida da violência’

O PSDB divulgou, nesta quarta-feira, 18, uma nota em que classifica a “cadeirada” do candidato de seu partido, José Luiz Datena, no adversário Pablo Marçal (PRTB) como “reprovável”. O texto, no entanto, pondera que a atitude “veio na medida da violência a que vinham sendo submetidos São Paulo e o Brasil”, numa referência velada a Marçal, e trata o apresentador como “o candidato certo para defender os ideais” da legenda. O documento é assinado tanto pelo presidente nacional da sigla, Marconi Perillo, quanto pelo dirigente do Instituto Teotônio Vilela, o deputado federal Aécio Neves.

“Com seu ato, uma reação humana a atitudes baixas, vis e desqualificadas moralmente, Datena trouxe à luz o terrorismo psíquico que vinha sendo praticado durante a campanha. Quem o acompanha diariamente na TV sabe que Datena, à sua maneira, defende a todo custo a população de bem e só sai do sério com bandidos. O PSDB segue defendendo a democracia e a boa política, contra os extremos, a favor do Brasil e dos brasileiros. São valores inegociáveis. Jamais abriremos mão de combater a política feita com ódio”, diz outro trecho da nota.

Em sabatina também nesta quarta, aos jornais O Globo e Valor e à rádio CBN, o próprio Datena já havia reconhecido que sua atitude “não foi correta”. Ele classificou o episódio como “triste” e “deplorável”. O apresentador atingiu Marçal com uma cadeira na noite do último domingo, 16, durante debate da TV Cultura, depois de ser chamado de “arregão” e “estuprador”.

Apesar da ponderação com a agressão, a nota diz que Datena “vem cumprindo um excelente papel, o de ajudar a livrar São Paulo do extremismo populista, das mentiras e da política do ódio”. “Praticar a boa política é também combater a violência em todos os seus aspectos, inclusive mentiras, agressões físicas ou verbais e violência moral. A agressão de Datena durante um debate televisivo foi reprovável, como ele mesmo reconheceu, porém veio na medida da violência a que vinham sendo submetidos São Paulo e o Brasil”, completa.

No texto divulgado, a atual cúpula tucana reconhece ainda que “o partido cometeu erros recentes, seja na equivocada condução das questões partidárias em São Paulo que afastaram quadros importantes da nossa legenda seja, especialmente, ao impedir o lançamento de uma candidatura presidencial contra a vontade dos atuais dirigentes partidários que a defendiam”.

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