O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação contra a Câmara de Vereadores de Juazeirinho por suspeita de nepotismo. O inquérito civil é coordenado pelo promotor de justiça, Alyrio Batista de Souza Segundo, da 17° promotoria da cidade de Campina Grande. A denúncia anônima aponta que os vereadores teriam contratado parentes para trabalhar na Casa Legislativa.
O presidente da Câmara Municipal de Juazeirinho, Wedisgson Normélio Cordeiro Trajano e a vereadora Maria Josenilda Vasconcelos Bento teriam contratado seu respectivos familiares para cargos comissionados de assessores legislativos. Considerado crime, o nepotismo é a prática de favorecer parentes ou amigos próximos em detrimento de pessoas mais qualificadas, no ambiente profissional.
Segundo o Ministério Público, o vereador Wedisgson Normélio Cordeiro Trajano nomeou Francisco Trajano Filho (irmão), Marília Trajano Ribeiro (sobrinha) e Rafael Trajano da Silva (primo). Já vereadora Maria Josenilda Vasconcelos Bento contratou José Joselito de Vasconcelos (irmão), Hugo Wallace Cavalcanti Vasconcelos (sobrinho) e Higor Wellerson Cavalcanti Vasconcelos (Sobrinho).
O promotor de justiça, Alyrio Batista de Souza Segundo, determinou então apuração dos fatos, incluindo a tomada de depoimentos e declarações, requisição de documentos, perícias e informações no prazo de 15 dias para apresentação das defesas.
O que eles dizem
Em manifestação apresentada ao Ministério Público, o vereador Wedisgson Normélio Cordeiro Trajano alegou que os servidores mencionados já haviam sido exonerados antes mesmo da apuração dos fatos, apresentando como prova Portarias de exoneração. Contudo, os documentos anexados encontram-se em formato incompatível com os sistemas do Ministério Público, impedindo a validação de seu conteúdo. Wedisgson também afirmou que os servidores desempenhavam regularmente suas funções, embora estivessem dispensados de controle de ponto, dado o caráter de assessoramento legislativo.
Do mesmo modo, a vereadora Maria Josenilda Vasconcelos Bento, por sua vez, apresentou manifestação escrita, informando que os servidores com vínculo familiar com ela também foram exonerados antes da instauração da Notícia de Fato. Na mesma linha, sustentou que os nomeados desempenhavam suas funções de forma efetiva e que as exonerações ocorreram por iniciativa própria, como medida preventiva diante de possíveis questionamentos.
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Com Fonte83